2022 foi um ano marcado por diversos desafios políticos, econômicos, sociais e ambientais. E a cada ano, a comunicação assume um papel ainda mais importante na construção de diálogos relevantes para a sociedade e, claro, para a transformação das empresas.

O digital cresceu exponencialmente, com novas ferramentas, recursos e canais. A explosão do Tik Tok, a compra do Twitter por Elon Musk, outras redes sociais, como BeReal e Koo, chegando ao mercado para atender a demanda dos usuários, novos formatos de publicidade, live e social commerce, domínio de vídeos, data marketing e o número crescente de influenciadores mostra um pouco das transformações que vivemos em 2022.

E para 2023? O que podemos esperar? Segundo relatório do Global Interconnection Index (GXI), mais de 50% dos empreendedores pretendem focar na construção de novos modelos de negócios digitais em 2023, adaptando seu ecossistema, cadeia de valor e plataforma de marca para ter mais sinergia e evitar falhas, crises e prejuízos reputacionais dano. E isso se reflete totalmente na forma de se comunicar. Vamos ver algumas dessas tendências?

1. Autenticidade

O público digital está interessado em autenticidade. Basta ver o crescimento da nova rede social BeReal, que não permite edições para postar fotos e valoriza a espontaneidade. Só em 2022, a rede conquistou mais de 8 milhões de usuários ativos mensais.

Do lado das marcas, o que se espera é o alinhamento entre o discurso da autenticidade e a prática. Ao criar campanhas com influenciadores, por exemplo, é preciso considerar se essas pessoas refletem os valores e o universo do negócio. Para gerar relacionamentos fortes, o conteúdo precisa ser relacionável.

2. Micro Influenciadores

Está nas mãos dos micro influenciadores criar conexões mais profundas entre marcas e diferentes perfis de consumidores. Afinal, a relação de confiança que construíram com seu público facilita a adaptação da mensagem da marca a diferentes consumidores. Além disso, em uma época de orçamentos apertados, a parceria com micro influenciadores é mais acessível para sua empresa.

3. Cultivando comunidades

À medida que as plataformas perdem sua vantagem social, as marcas que conseguem cultivar comunidades podem manter o engajamento. Nesse sentido, uma saída é investir em conteúdo gerado pelo usuário (UGC), trazer seguidores para a conversa e ter um olhar atento para participar da atualidade são formas de manter a conversa nas redes sociais.

4. Mídia social descentralizada

Uma parte considerável da audiência digital busca maior controle sobre a forma como consome conteúdo. A partir disso, as redes sociais descentralizadas crescem como uma das grandes tendências para 2023. Exemplos como Minds, Mastodon e Bluesky, desenvolvidos pelo criador do Twitter, apontam para um futuro em que o usuário controla o algoritmo.

Essa descentralização exigirá novas estratégias de marca. Nas redes descentralizadas, o foco deve ser o fortalecimento das comunidades: falar mais de perto com públicos menores.

5. Hackeando o algoritmo

Apesar do crescimento de novas redes sociais, gigantes como Facebook, Instagram e YouTube continuarão muito presentes na vida dos consumidores. Como revela a Hootsuite, mais de 84% dos usuários do TikTok também estão no Facebook.

Mas nessas redes, as marcas vão precisar dançar conforme a música. O próprio Mark Zuckerberg já avisou que 30% a 40% do feed será composto por sugestões de IA. É preciso ficar de olho no que cada rede prioriza em seu algoritmo para estourar a bolha.

6. Vídeos curtos

Uma das formas de hackear o algoritmo é por meio de vídeos curtos ou pílulas de conteúdo para consumo rápido. Segundo pesquisa da YOUPIX e da Nice House, 85,5% das pessoas que trabalham com vídeos curtos garantem que a estratégia funciona para o negócio.

Essa é uma das principais tendências das redes sociais, popularizada não só pelas novas redes, como TikTok e Kwai, mas também pelas velhas conhecidas do público que estão atrás do formato. Nesse sentido, o Instagram com Reels e o YouTube com YouTube Shorts têm priorizado a exibição de vídeos curtos.

7. As redes crescem na sombra do Twitter

Desde que Elon Musk comprou o Twitter, a rede de microblogging perdeu metade de seus maiores anunciantes devido a riscos de segurança da marca e problemas de suporte. O público também teme pelo futuro da plataforma, mas os brasileiros parecem ter encontrado um novo pássaro para chamar de seu.

A rede Koo conquistou quase 3 milhões de usuários no Brasil em poucos dias. O Mastodon tem sido outro destino para muitos internautas, enquanto o lançamento do Bluesky não está na disputa.

8. Gestão de Crises

É urgente que as empresas tenham um manual para lidar com crises nas redes sociais. Nunca se sabe de onde pode vir a crise: um comentário de cliente, um discurso de líderes ou parceria com influenciadores. Por isso mesmo, as empresas precisam estar atentas e preparadas para agir rapidamente.

9. Suporte ao cliente

Uma das grandes tendências das redes sociais é a sua utilização como canal de atendimento ao cliente. Em vez de recorrer aos canais tradicionais, como o site ou o e-mail, o consumidor corre para as redes porque sabe que ali as chances de ser ouvido são maiores. Assim, a Hubspot enfatiza a importância dos chatbots para automatizar o processo e não sobrecarregar os agentes.

10. Comércio Social

A venda pelas redes sociais é uma das principais tendências do varejo. Segundo a eMarketer, esse é um mercado que deve chegar a 80 bilhões de dólares até 2025. Isso significa, a princípio, que as marcas devem investir em SEO para redes. Afinal, conforme aponta o GWI, 54% dos usuários já recorrem às redes sociais para buscar produtos.

A partir disso, também é preciso investir em conteúdos que unam entretenimento e vendas. Transmissões ao vivo com demonstração de produtos e possibilidade de compra pelas redes têm se tornado uma prática cada vez mais difundida e vale a pena incluir em sua estratégia.

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